O ESQUILO ESCRITOR
STORIES FOR KIDS IN PORTUGUESE

O ESQUILO ESCRITOR

Era uma vez um esquilo, muito curioso, que morava numa árvore antiga, em uma floresta tranquila. Ele se chamava Pietro, em homenagem ao avô, que se chamava Pedro.

Um dia, enquanto explorava sua árvore, Pietro encontrou um livro antigo, embrulhado em folhas douradas.

Pietro ficou surpreso ao ler o título: Diário do Esquilo Pedro. Era um diário escrito por seu avô!

Ele abriu o livro, animado para descobrir as aventuras do avô na mesma floresta em que ele vivia.

Pietro leu sobre a vida do avô quando criança. Seu avô gostava de pular corda, jogar queimada e soltar pipa. Os desenhos do avô lembraram histórias que ele já tinha ouvido: um camelo astronauta, uma ursinha andando de bicicleta e uma ovelhinha lavando louças.

O avô também tinha escrito sobre o começo do namoro com a vovó esquilo. E colou até uma foto no diário, da vovó esquilo vestida de noiva!

"Que diário mais legal", pensou Pietro.

As horas foram passando, e Pietro não conseguia largar o livro. Era como se o avô estivesse ao seu lado contando aquelas histórias.

Na última página, ele encontrou um desafio deixado pelo avô:

"Agora que você leu meu diário, que tal escrever também? Assim, no futuro seus netinhos saberão histórias sobre você. Aceita o desafio?"

Pietro fechou o livro, pensativo. Ele imaginou que um parente distante poderia conhecê-lo através das histórias.

"Vovô Pedro, eu aceito o desafio" - disse ele baixinho.

Naquela noite, antes de se deitar, Pietro pegou um caderno, abriu na primeira página e escreveu:

"Eu sou o esquilo Pietro. Tenho sete anos e estou começando este diário porque aceitei um desafio feito pelo meu avô."

Enquanto escrevia, descobriu algo interessante: quanto mais contava histórias da sua vida, mais fácil ficava escrever. Ele contou sobre o diário do avô, sobre suas descobertas na floresta e sobre seu primeiro dia na escola. Ele escreveu sobre sua brincadeira favorita, sobre o medo que tinha de dormir no escuro, e sobre seu sonho de um dia andar de avião.

Quando chegou na metade do caderno, Pietro leu suas aventuras para os amigos. Eles gostaram tanto, que decidiram escrever também.

Os anos foram passando, e vários animais da floresta escreveram seus diários. Certo dia, fizeram uma grande festa. Eles contaram histórias e comeram muitas nozes. Os animais perceberam que escrevendo se lembravam de agradecer e eram mais felizes.

Pietro cresceu e se casou com uma esquilinha bem esperta. Quando tiveram filhotinhos, eles liam juntos o diário do Vovô Pedro.

Um dia, sua filha entrou na escola e aprendeu a ler. Pietro chegou no quarto e a encontrou escrevendo. Era o primeiro diário dela.

Pietro percebeu que escrevendo um diário nossos familiares podem nos conhecer mesmo daqui a muitos e muitos anos, e nós podemos viver para sempre entre aqueles que amamos.

THE WRITER SQUIRREL

Once upon a time there was a very curious squirrel who lived in an old tree, in a peaceful forest. He was called Pietro, in honor of his grandfather, who was called Pedro.

One day, while exploring his tree, Pietro found an old book, wrapped in golden leaves.

Pietro was surprised when he read the title: Diary of Squirrel Pedro. It was a diary written by his grandfather!

He opened the book, excited to discover his grandfather's adventures in the same forest where he lived.

Pietro read about his grandfather's life as a child. His grandfather liked to jump rope, play dodgeball and fly kites. Grandfather's drawings reminded him of stories he had already heard: an astronaut camel, a teddy bear riding a bicycle and a sheep washing dishes.

Grandpa had also written about the beginning of his relationship with Grandma Squirrel. And he even pasted a photo in his diary, of Grandma Squirrel dressed as a bride!

“What a cool diary”, thought Pietro.

As the hours passed, Pietro couldn't put the book down. It was as if his grandfather was next to him telling those stories.

On the last page, he found a challenge left by his grandfather:

"Now that you've read my diary, how about writing too? That way, in the future your grandchildren will know stories about you. Do you accept the challenge?"

Pietro closed the book, thoughtful. He imagined that a distant relative might know him through the stories.

"Grandpa Pedro, I accepted the challenge" - he said softly.

That night, before going to bed, Pietro took a notebook, opened it to the first page and wrote:

"I'm the squirrel Pietro. I'm seven years old and I'm starting this diary because I accepted a challenge made by my grandfather."

As I was writing, I discovered something interesting: the more I told stories about my life, the easier I could write. He tells about his grandfather's diary, about his discoveries in the forest and about his first day at school. He wrote about his favorite game, about his fear of sleeping in the dark, and about his dream of one day flying in an airplane.

When he reached halfway through the notebook, Pietro read his adventures to his friends. They liked it so much, they decided to write it too.

The years passed, and several forest animals wrote their diaries. One day we had a big party. They told stories and ate lots of nuts. The animals realized that writing reminded them to be grateful and were happier.

Pietro grew up and married a long-awaited squirrel. When they had puppies, they stayed together in Grandpa Pedro's diary.

One day, his daughter entered school and learned to read. Pietro arrived in the room and found himself writing. It was her first diary.

Pietro notes that by writing a diary our family members can get to know each other even many, many years from now, and we can live forever among those we love.



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